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16 coisas para fazer em Pequim

Gostei muito de Pequim. Pareceu-me uma cidade cheia de vida e em remodelação e construção constante. Andámos sempre super descontraídas e ao contrário de outros países, o facto de sermos turistas não chamava a atenção de quem anseia vender os seus produtos e serviços. A China é um espelho de como a política e a economia podem não funcionar em conjunto perante os mesmos ideiais. Nesta cidade, alguns elementos não coadunam com o facto de estarmos num país comunista. Há edifícios megalómanos, cadeias americanas em cada esquina e alguns ferraris nas principais avenidas.

Há muita coisa para visitar e tenho pena que não tenha conseguido estar pelo menos mais um dia por lá. Seguem algumas sugestões do que fazer durante uma estadia em Pequim.

1- Tian’anmén Square

Marco indispensável a visitar em Pequim. É a maior praça do mundo! É mesmo muito grande (440 000m2) e tem imensos monumentos para ver. Em 1949 foi ordenada a sua expansão por Mao Zedong para demostrar a omnipotência do partido comunista. Uma das principais atrações gratuitas desta praça é precisamente o Mausoléu onde está o corpo de Mao. Não pensem que é uma praça aberta como outra qualquer. É preciso passar pela segurança e há portas para grupos organizados e viajantes que estão por si.

Tiananmen square

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Se quiserem ver o Mausoléu, a única coisa que podem levar convosco é o telemóvel, carteira e documentos. Não podem levar nenhuma mala ou bolsa e há um edifício que fica do lado direito do mausoléu se estiverem a olhar de frente para a Cidade Proibida onde devem deixar tudo o resto. Cada bolsa e máquina que tiverem tem um custo de 5yuan (70 cêntimos). Tem filas enormes pelo que se estiverem em grupo, talvez o mais fácil seja uns guardarem as malas dos outros enquanto vão ver o mausoléu. É possível ver imensa gente a fazer isso. Cuidado porque não há sombras!

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Na praça há 3 gates muito giras e podem subir pelo menos a uma delas para ver a vista sobre a praça.

Falaram-nos de um esquema de pessoas que tentam levar turistas para casas de chá mas felizmente não fomos abordadas com esta conversa. Tenham cuidado porque pode acontecer.

2- Forbidden city

No topo da Tian’anmen Square vão encontrar a Cidade Proibida. Para entrar lá vão passar uma gate que tem a cara do Mao.

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A entrada são 60yuan (cerca de 8€) para ver o complexo do palácio. Lá dentro há exposições que se pagam à parte como por exemplo a Clock Hall. Chama-se cidade proibida porque durante 500 anos estava interdita a entrada a qualquer pessoa sem autorização. O quebrar desta regra resultava em morte.

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O complexo é mesmo muito grande e há imensa coisa para ver no entanto, não nos podemos esquecer que estamos na China e por isso há imensa gente. Dentro de cada palácio principal há um trono e alguns detalhes para ver mas não é possível entrar. Conseguimos ver apenas de umas janelas. Boa sorte para conseguirem ver. Eu vi só através das dezenas de telemóveis que tiravam foto. Friso que não vim em época alta.

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O jardim é muito giro e fica na parte de trás junto da north gate. Se tiverem tempo subam até à colina do Jīngshan Park e aproveitem a vista. Se saírem pela porta norte, evitem os motoristas de rickshaw que vos tentam vender viagens porque são mais caras do que o seu valor real.

3- Pequeno-almoço perto do silk market

O Silk Market é um local onde podem encontrar falsificações muito bem feitas e algumas sedas e caxemiras com boa qualidade. Na verdade só aqui parámos porque era perto da embaixada. Do outro lado do Silk Market, na Dongdaquiao Lu, ao lado de um pequeno supermercado vão encontrar um casal que vendem uma espécie de pequeno-almoço incrível. Podem escolher se querem galinha ou salsicha e é servido num pão achatado feito com ovo. O molho é óptimo. Tentei perceber como se chamava mas não entendi. Irei averiguar brevemente. Muito bom mesmo.

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4- Temple of Heaven Park

Esta foi a nossa primeira paragem. Depois de deixar as malas na estação, passámos pela Ming City Walls Ruins que é o que resta dos 24km de muralha que se estendiam pela cidade antes de nos anos 60 começarem a massiva construção de estradas pela cidade.

A entrada no complexo custa 35yuan (cerca de 5€) e dá acesso ao parque e ao templo. O mais incrível deste parque é que os moradores de Pequim passam lá imenso tempo. Vimos imensos grupos a jogar à carta, pessoas a correr, a jogar uma espécie de Peteca (penso que se chama assim no Brasil) e a dançar no “Long Corridor” que leva ao início das maravilhas arquitectónicas que aqui se podem encontrar.

Vimos com calma tudo o que era para ver e ainda dormimos uma horinha para recuperar do jetlag.

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5- Bubble Tea

Adoro Bubble tea ou milkshakes que contenham aquelas pérolas de gelatina. Na Ásia é muito popular e já começam a haver em Lisboa alguns sítios onde provar também. Por isso para refrescar e hidratar a meio do dia e também recarregar a dose de açúcar, pode ser uma boa opção.

6- Passear no Nanluogu Xiang hútòng

À saída da estação de metro Nanluoguxiang poderão encontrar logo a entrada para este bairro. Foi alvo de uma grande remodelação e aqui podem encontrar uma grande de variedade de cafés, restaurantes e lojas de souvenirs diferentes. Muito popular entre os turistas locais. Na minha opinião diria que é um óptimo sítio para comer um snack diferente ou um doce que nunca tenham provado. Os restaurantes pareceram-me mais caros do que a média e havendo tanta opção pela cidade, diria que não se justifica uma refeição aqui.

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7- Muralha da China

Ir a Pequim e não tirar um dia para visitar uma das 7 maravilhas do mundo não faria sentido.

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Há vários pontos na muralha que podem ser visitados. O mais perto é Bandaling mas apesar de termos o pocket guide de Pequim, não percebemos onde se apanhava. O lonely planet dedicado ao transiberiano falava de Mutianyu e por isso arriscámos aí.

Vimos que teríamos de ir até à estação de autocarros de Dongzhimen. Quando lá chegámos, íamos tirar o livro para ver o número do autocarro que já tinha lido mas tinha-me esquecido e uma funcionária da estação abordou-nos e encaminhou-nos para o 980 embora no guia falasse do 916. Parecia muito simpática e escreveu num papel em chinês onde tínhamos de sair para mostrarmos a alguém no percurso. Falava imenso mas obviamente, não percebíamos nada. Fiquei com a ideia que teríamos de trocar ao fim de 5 paragens. Pagámos dentro do autocarro e custou 15yuans( cerca de 2€). Mostrámos o papel no autocarro e lá saímos no local. Quando lá chegámos, era uma saída no meio do nada, só com um prédio e imensos taxistas. Percebemos imediatamente que se tratava de um esquema da senhora montado com os taxistas. Se há coisa que detesto é esquemas e que me enganem. Não há nada que suporte menos quando viajo. Aqui, está bem pensado porque ela não nos cobra nada e simplesmente dá indicações. À porta do autocarro até estão umas senhoras oficiais que trocam dinheiro, porque o sistema de pagamento dos autocarros é pôr o dinheiro certo dentro de uma caixa que há lá dentro, que falam com a senhora do uniforme tranquilamente, o que ainda dá mais credibilidade à situação. Aos rapazes italianos que estavam no nosso quarto no hostel aconteceu o mesmo, só se safaram porque estavam a estagiar na China e sabiam um pouco de mandarim. Em Ulan Bator conhecemos um casal brasileiro a quem se sucedeu a mesma situação. Imagino a quantas pessoas isto acontece por dia. Quando temos tempo, temos hipótese de explorar outras opções. Noutra altura, teria começado a andar para tentar encontrar alguém que nos ajudasse. Neste caso já tínhamos poucas horas e por isso acabámos mesmo por ir de táxi. O melhor negócio que conseguimos foi 290yuan (quase 40€) que foi um abuso para o standard chinês. Ainda me está meio atravessado mas na altura teve mesmo de ser. No entanto li depois que o 980 também nos poderá levar a outra zona da muralha, a Gubeikou. É preciso sair em Miyun e trocar para o 25. Esta zona é mais destinada a quem queira fazer alguns percursos de hiking. Penso que também é possível chegar a JĪnshanling que é outra zona da muralha. Na raiva de entender pnde raio levava o 980, descobri este site que explica como chegar a cada parte da muralha. Vejam aqui como.

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Em Mutianyu, o preço para ir à muralha é 40yuan. Pagam também 15yuan para um shuttle que vos leva até à entrada e trás de volta. Depois podem optar por subir a pé, de cable car ou subir de cableway e descer numa espécie de slide sentado. Escolhemos esta última opção porque pareceu mais divertida e a nossa preguiça/ falta de tempo não nos permitia ir a pé. O preço foi de 100yuan cada uma, o que é exagerado e podem tentar evitar se forem a pé.

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Se forem e voltarem de 916 (cada viagem é 12 yuan), este só vos leva até uma cidade perto, depois devem negociar um taxi para vos levar até à entrada de Mutianyu. Cada viagem não é mais que 20yuan por pessoa. Tentem negociar por baixo.

8- Dumplings perto de Quianmen

No hutong perto de Quianmen, penso que logo na primeira transversal à direita de quem desce a Meishi Street, encontram uns dumplings incríveis. Há de vaca e de porco e embora pareça pesado, é costume chinês comer-se ao pequeno-almoço. Há vários vendedores pela cidade do mesmo género.

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9- Grandes Shoppings

Não gosto muito de centros comerciais mas é inevitável não tropeçar com grandes lojas em cada esquina onde se podem fazer autênticos negócios da china. Por isso, se querem aproveitar grandes preços não é preciso procurar muito. Um centro comercial muito popular neste momento é o The Place na Dongdaquiao Lu.

10- Os mercados

Foi uma grande falha mas não conseguimos passear por todos os mercados de Pequim. Um dos mercados a não perder é Panjiayuán Market que apesar de caótico tem uma vasta oferta de antiguidades e bons souvenirs. Desde pessoas a venderem o recheio da casa até pormenores alusivos ao comunismo, é possível encontrar de tudo um pouco. Devem regatear o preço.
Se estão na China pela tecnologia, devem passar pelo Centergate Como. No Dōnghuámén night market vão encontrar todo o tipo de iguarias. Algumas, só os mais corajosos serão capazes de experimentar!

11- Comer Pato à Pequim

Esta também foi uma daquelas falhas. Toda a gente sabe que em Pequim se deve comer Pato à Pequim. No entanto, as recomendações do lonely planet estavam todas um pouco longe das zonas em que nos encontrávamos nas horas de refeição e os restaurantes que encontrámos que tinham esta iguaria não nos pareceram sítios onde os moradores de pequim fossem. Tinham ar demasiado turístico. Tentem descobrir sítios frequentados por chineses para provar este prato. Há um local perto de Quianmen que é o mais conhecido. Queríamos ter ido um dia ao jantar mas devido ao nosso problema de checkin no hostel, tudo atrasou e à hora que fomos jantar, o restaurante já estava fechado. Tudo fecha muito cedo em Pequim. Mesmo ao fim-de-semana. Atenção a esse pormenor. Dada a rica gastronomia local, o pato é um prato bastante mais caro que todas as restantes opções.

12- Edificios enormes

Admirar a incrível arquitectura que se ergue ao longo da cidade é por si só, uma óptima maneira de passar o tempo. Um dos prédios mais icónicod que podem ver é o CCTV building.

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13- Assistir a um espectáculo de Acrobática

Por razões óbvias, era uma das coisas que mais queria fazer mas nas duas noites que passámos em Pequim, não tivemos essa oportunidade. Uma das grandes razões pelas quais quero voltar, é ver estes ginastas que são magníficos.

14- O Mc Flurry de Chá Verde com Oreo

Não sou muito de dar ênfase a grandes cadeias mas este gelado era mesmo muito bom. Penso que era só uma novidade deste ano e não sei se se irá prolongar no tempo mas se forem entretanto provem porque é mesmo óptimo.

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15- Comida Estranha

Na China não se estraga nada. Cada parte da galinha por exemplo, é para comer. Cartilagens, coração, rins, patas…tudo! O mesmo acontece com os outros animais. O difícil vai ser encontrar a chamada comida normal. Provem ou evitem 😉 Mas já vão avisados.

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16- 798 Art District

Uma espécie do nosso LX factory mas cheio de galerias de arte. É um local hipster trendy e aqui vão encontrar projecto do boom de novos artistas da China.

acrushon
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