Desporto #3 – Pole Dance
Porque hoje é dia santo, há que balançar os conteúdos visíveis nos vossos feeds de facebook. Avancemos para algo pouco católico. Acredito que já tenham tido a vossa dose 🙂
Na minha busca pelo desporto perfeito para mim, recebi o convite da Brown Sugar Art ‘n’ pole dance studio para no dia da mulher, experimentar uma aula aberta. Não se nega um desafio!
Ao contrário de muita gente não acho o pole dance uma dança que só serve para êxtase de adultos. Considero uma arte. Talvez por ter feito ginástica acrobática muitos anos, entendo que a técnica não é fácil. É preciso alguma força, alguma flexibilidade e agilidade. A sensualidade, essa, não é para toda a gente. É preciso que nasça dentro do nosso ser. É uma dança sexy e ousada. Isso pode treinar-se mas acredito que quem tem um olhar entre o doce e o atrevido se sinta mais em casa. Associamos ao striptease e a algo menos próprio. Não o é. É algo muito bonito e artístico, que só se consegue com muito treino e deve ter o respeito de qualquer outra modalidade.
Saí mais cedo do trabalho e lá fui eu. A Cátia foi super querida e explicou-nos um bocadinho do que iríamos fazer e o que era isto do Pole Dance. Advertiu-nos que no dia seguinte seria possível ter de coexistir com algumas nódoas negras mas nada que nos devêssemos preocupar.
Começámos por um aquecimento e treino de flexibilidade. Confesso que fiquei com alguma tristeza quando percebi que já tive dias melhores. Mas é óbvio dada a minha falta de empenho no desporto que tem sido falada por aqui.
A primeira técnica que aprendemos foi a fazer chicote com o cabelo. Entre não comer o meu próprio cabelo e tentar incutir no meu movimento alguma sexyness, a coisa até nem correu mal. Começámos a aprender algumas maneiras de rodar no varão. Como colocar os braços e os pés e como nos mexermos de modo fluído e descontraído sem descurar na firmeza do movimento.
É importante aprender a travar. Das primeiras vezes até consegui rodar logo mas os meus joelhos aterravam no chão com alguma velocidade. A certa altura comecei a ganhar algum jeito e a tentar perceber onde estava a correr menos bem para superar-me a mim mesma. Fomos aprendendo várias técnicas e alguns momentos de coreografia sequenciais. Foi muito giro porque no final senti que tinha aprendido algo do início ao fim.
Fiquei muito contente com a experiência. Nem as dores no corpo todo no dia seguinte me fazem recuar no que vos irei dizer. Experimentem! Vão com umas amigas e divirtam-se 🙂 Vejam alguns vídeos deste estúdio aqui e alguns internacionais da modalidade que encontrei online aqui e aqui.
Como podem ver, não é simples e nem tem de ser extremamente sexual. A parte da aula do “tentar ser sexy”, não me interessou tanto. Foi mesmo a técnica que me fascinou. A coreografia, essa, já pode ter um misto de sedução e atrevimento mas gosto mais de ver quando envolve movimentos mais artísticos.
Esperavam vídeos meus? Não houve oportunidade 😉 Talvez daqui a mais umas aulinhas. Fica a foto para provar que foi real.
Nível de dificuldade: 4
Dores nos músculos: 2
Vontade de repetir: 5
Photo Credits: Mattia Panciroli