Paris não se visita. Paris sente-se.
Quem me levou a entrar nesta viagem quis nas últimas horas em que lá esteve, sentir a cidade. Olhar para ela junto ao Sena. Apenas.
Desta vez senti. Olhei. Vi mais.
Não me limitei a fazer check nos locais turísticos obrigatórios. Não me limitei a ir de ponto em ponto de metro para riscar a minha lista de coisas feitas na vida. Parei. Contemplei.
Às vezes falta mesmo isso. Perder tempo a absorver o caminho e o ambiente. Temos demasiada pressa de chegar. Já dizia o António Variações. Queremos correr e ver tudo o que temos mesmo de ver. Não vemos nada.
Andámos muito. Percorremos avenidas intermináveis e vielas cheias de glamour parisiense. Sentámo-nos em banquinhos de jardim, entrámos em boulangeries perdidas entre bairros menos turísticos, saímos na noite atrevida, deixámos o frio acariciar-nos o rosto. Fomos franceses por breves horas. Rimos em praças emblemáticas, encontrámos a magia da noite a cair na cidade. Fomos de Paris sem querer. Não vimos a Mona Lisa. Vimos a essência cativante dos sorrisos das pessoas com que tivemos a oportunidade de nos cruzar. Vimos tão mais.
Brevemente explicarei a viagem em detalhe. Por agora deixo só a felicidade que ainda lateja em mim de ter tido um fim-de-semana diferente a preço diminuto, com pessoas maravilhosas e uma cidade luminosa.
Não é só Paris que devemos sentir. São todas as cidades onde estamos. Deixemos de ver sítios em massa. Sintamos antes o esplendor da sua existência.
Apreciar o caminho que percorremos. Em Paris e na vida 🙂
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LopesCa
Gostei de Paris mas não ao ponto de voltar 🙂
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Maria Francisca
Uma grande verdade. O caminho é tão (ou mais) importante do que o destino. E Paris é mesmo uma cidade incrível.
acrushon
🙂 🙂 Go with the flow