Toda a gente me disse. “Bali? Em Agosto? Não vais gostar nada! É só turistas!” Ok…e eu sou o quê? “É super cliché! Está tudo visto!” Será que detestei?

Não. Como assim acharam que eu iria detestar Bali? Só porque é um destino clássico de Lua-de-Mel? Só porque na maior parte das vezes decido ir a países menos habituais como Mongólia, Madagáscar ou Omã? Só porque muitas pessoas que conheço já lá foram? Não. Não sou essa pessoa que procura apenas o completo desconhecido. Também sou…um bocadinho. No entanto, encontrar o novo e inesperado no óbvio, é um desafio muito mais interessante. Para além disso, como não amar o enclave antropológico que ali acontece – um povo Hindu num país muçulmano – há maior riqueza que a existência desta condição particular?

 

Expectativas

 

No outro dia perguntaram-me qual o sítio que mais gostei das minhas viagens. Essa é fácil. Quer dizer…mais ou menos fácil. Depende. Estamos a falar do quê? Urbano? Praia? Cultural? Comida? Passava aqui uma hora a responder a esta questão. Posso fazer alguns artigos só sobre este assunto.

 

Seguidamente, perguntaram-me qual o sítio que não gostei ou não correspondeu às expectativas. Ficou um vazio na minha mente. Não há nada que me lembre que não tenha gostado. Achei isso estranho. É fácil dizer que não gosto de beterraba e cogumelos, e não consigo dizer um sítio que não gostei? Pensei um pouco sobre isso e penso que tudo tem a ver com as expectativas que levamos para as coisas. Quando nos enchemos de deslumbramento sobre o que será algo, perdemos a essência desse algo. Apercebi-me que vou sempre de coração cheio e sem ideias pré-concebidas.

 

Expectativas vs Realidade

 

 

Nesta viagem de Bali, fiz uma coisa que nunca tinha feito e guardei algumas publicações que vi no Instagram, para fazer um mapa e ir lá. Foi das experiências mais engraçadas porque foi realmente a primeira vez que tinha algumas expectativas e a realidade surpreendeu sempre. Surpresas que deram grandes risadas e boas stories no Instagram. #positivevibesonly

 

Realidade

 

Então e essa vida em Bali? Para lá de uma coisa incrível e de outro mundo.

É um destino muito visto e descortinado? É.

É surf, yoga, cultura e boa comida? É.

É hotéis lindos de morrer e piscinas infinitas? É.

É pessoas com uma dose de simpatia extrema e com uma aura cheia de vibrações positivas? É.

Expliquem-me….como é que eu não ia gostar de Bali? O Algarve também é cheio de turistas no Verão e eu vou sempre amá-lo de paixão. Muito por ter nascido aqui, é verdade, mas também porque tem uma beleza inconfundível.

 

Bali tem uma mistura de tudo o que se precisa numa viagem. É fácil de navegar, as pessoas são muito queridas, o clima é incrível, a natureza deslumbra e há sempre uma nova cascata por descobrir. Dependendo do que gostam mais, há sempre actividades que irão encher os vossos dias. Para mim, o que mais me marcou foi o enclave hindu que ali existe. Fascinou-me em cada segundo que lá passei.

 

A vossa vida, é apenas e somente vossa.

 

Numa próxima publicação explicarei com mais detalhe a nossa aventura por Bali. Este artigo tinha apenas o intuito de não deixarem que os outros vivam por vocês. A experiência de cada um será sempre diferente porque todos valorizamos coisas diferentes. Só porque viram uma foto no Instagram ou no Facebook, não quer dizer que já conhecem um sítio, que já sentiram o seu cheiro, provaram os seus sabores e falaram com as “gentes” que o habitam. É preciso lá ir! Os nossos pais sonhavam em como seria o outro lado do mundo. Nós lá porque vemos umas coisas online, não quer dizer que as conheçamos. Temos todas as ferramentas para conseguir lá ir. É muito mais acessível devido a toda a era da globalização que vivemos.

 

Então…estão à espera de quê?